SamPará

Tati Carvalho, 26, publicitária, expert em perder objetos de pequeno e médio porte dentro do carro. Adora viver em São Paulo, porque há mais bares do que se pode conhecer. Resignada, vai sempre nos mesmos 5. Tem coragem de se jogar de cabeça. Sempre.
Apoena Augusto, 30, administrador, se descobriu pirofágico das estrelas. Vive em Belém e acha que o seu nome é prefixo para todas as coisas entre o céu e a terra. Adora sua moto (que trata como filha) e intervalos comerciais.

quinta-feira, junho 29, 2006

Do you believe in life after love?

Ao abrir minha bolsa hoje vi que meus óculos haviam quebrado. As lentes eram cor de rosa. Sem comentários.

terça-feira, junho 27, 2006

Morte dos meus sonhos infantis ou Forecast macabro em duas versões


Versão dela: Ouvi dizer que a logística de distribuição de presentes do papai noel será
via cabotagem a partir de 2006, porque o seguro de vida das renas estava pela hora
da morte. Isso trará uma economia de distribuição de quase 15%, muito mais que o
progenitor natalino da gestão anterior havia conseguido.
Por outro lado, eles terão que priorizar as praças banhadas pelo litoral (na defesa de sua idéia para a diretoria natalina, sr. claus defendeu que o litoral brasileiro era um dos maiores do mundo em extensão e portanto cobria boa parte do público dos presentes).
Assim, como Minas não tem mar, ficarão sem mimos a partir deste ano e assim, passarão a não acreditar em Natal.
O próximo estado a perder vantagens é são Paulo. É que os coelhos (promotores saltitantes contratados para levar ovos) estão tomando biritas entre uma entrega e outra
E acabam pulando meio torto. Já caíram 16 no Rio Tietê. Morte certa. Agora estão fazendo greve, e se não limparmos o Rio até a Páscoa de 2007 não tem mais chocolate pra ninguém,....

Versão dele: Tenho uma outra teoria.
Algum duende sacana encostou no Santa e disse à ele que esse negócio de
andar de rena era coisa de baitola. Que ele tinha mesmo era que aprender a
voar ou então arranjar uns bichos mais machos, tipo uns abutres ou lagartos
voadores.
Isso não dá economia no primeiro ano, porque eles devem comer horrores, mas
agilizam a entrega no ano posterior, pois as crianças que não merecerem
presentes porque foram más, podem servir de alimento para os novos bichinhos
e, consequentemente, não precisarão ser visitadas novamente no ano seguinte.
"Grade sacada", teria dito o agora não tão bom velhinho...

Rapidinhas


Imagine a cena: chega sua vó, de blusa de gola rolê lilás e óculos de leitura pendurados no pescoço, cheia de vontade de contar que uma prima distante da família está namorando um músico-skatista-dotado-de-15-piercings; para tentar se eximir da autoria do comentário maldoso que segue o diagnóstico da situação inicia a frase com a quase desculpa: "Dizem as más línguas que ele não trabalha,..."
Agora, querido Larousse, me explique a expressão popular, pois não consigo deixar de achar que é despeito mesmo. Afinal, porque más línguas? Seria o ditado resultado de um primeiro beijo desastroso de uma donzela holandesa do século 16? Será que seu primeiro amor babava horrores? Seja da forma que for eu gosto de pensar que toda língua tem sua tampa. ou sua panela, ou sua boca, enfim, um par, pra quem ela será boa porquanto dure o enlace. E tenho dito.

Valeu o show, Pansildo!


Tudo bem, nem vou reclamar da performance do Brasil no jogo contra Gana, pois como diria minha chefe, no fim do dia a gente é mesmo cobrado por resultados. Mas eu preciso dizer que minha torcida durante os 90 minutos de jogo foi mesmo para ver Pansildo (pasmem, nome do jogador Ganês) se confundir com nossos jogadores de vôlei e trocar outro chute-a-gol pelos bons-e-velhos saques Jornada nas Estrelas! Alguém explicou pra ele que o gol era mais pra baixo??? Manda pra arquibancada de novo Pansildoooo!!!
Dito que esse foi o ponto forte do jogo, precisamos apontar o ponto fraco: quem é que ainda agüenta o pessimismo do Galvão? Ou ainda o discorrer modorrento da programação da Globo no meio de uma armação fenomenal de Ricardinho? Por essas e por outras que ele tem até torcida organizada. Contra. E como todo bom anti-herói que se preze, tem até um jogo só dele. Acesse aqui o Virtual Calaboqueitorgalvão Tabajara! Até o Bussunda teria orgulho disso!

segunda-feira, junho 26, 2006

Cocu e Plasil - o embate

Bom, já que estamos falando de Copa, antes de concordar que o Felipão foi mesmo melhor que Portugal e Holanda, ("vê-lo" xingando o técnico holandês de "seu safado" com dedo em riste em bom português não tem preço) preciso confessar que estou aproveitando este mundial como nunca. A exemplo da torcida da Costa do Marfim eu também acho que qualquer motivo é motivo para comemorar. Por isso tenho visto Ucrânia e Suíça, Espanha e Arábia Saudita, Inglaterra e,... bom, com o Beckham em campo não consegui prestar atenção em com quem eles estavam jogando,... (brincadeira, adorei a torcida equatoriana berrando "si, se puede!!". Isso que é auto-motivação, perdeu essa Shinyashiki !) e, lógico, México e Argentina que, segundo me disseram, é dever cívico!
Além disso admito que adoro um bom e velho ufanismo, mesmo que motivado pelo esporte-paixão-nacional. Olha só: as ruas estão cheias de decorações verde-e-amarelas, as pessoas sorriem e conversam com a gente nos bares, meio que pedindo confirmação "golaço, né? Não foi lindo?", as janelas são ornamentadas pelas bandeiras do Brasil e a gente trabalha só meio período (tá bom, esse é em benefício próprio mesmo). Até o menino do farol diversificou seu mix de produtos e agora vende bandeira, corneta, chapéu, faixa,...
O único problema é que a Copa está ficando mais triste. Veja só: todos os times de jogadores com nomes bizarros foram eliminados: o goleiro da Costa Rica, por exemplo, se chamava "Porras" (esse seria perfeito pro Felipão comandar – Porras, joga a bola Porraaaaas!!!), e no campo eles trazem Wanchope (top of mind em bares com telão). O atacante da Costa do Marfim chama- se Drogba (alguém arrisca dizer a orelha de quem estava queimando no vestiário CostaMarfinense pós-derrota?) O zagueiro de Sérvia & Montenegro chama Basta (dizem que ele tenta parar ataque no grito) e a dobradinha da morte da Angola conta com "Loco" e "Love" (saíram do campo direto pra Rave, tenho certeza).
Agora, importante mesmo foi a decisão de Parreira de manter o Ronaldo-que-na-época-reclamava-de-bolhas bem longe de Butina, atacante da Croácia. E veio a classificação.
Que não chegou pra República Tcheca. Mas também, com um jogador chamado Plasil, não tinha mesmo como a Itália ter dor de barriga antes do jogo.
Mas tudo bem, gente, pois quem passasse pelo bar "Copacabana" ontem a tarde, podia me ver torcendo ferozmente por Portugal, afinal apesar da perda inestimável do holandês Cocu (sim, Galvão sempre quis Ter o prazer de dizer que "apertado, apertado, Cocu fez o gol") os portugueses são nossas últimas chances de umas boas risadas, afinal dá pra levar a sério um gol de Costinha? Não dá. Mas ninguém de sã consciência marca tranquilo o "Boa Morte". Troço tétrico, eu hein!

É fria!!!!

Tá, tá, sou obrigada a concordar que o Felipão foi melhor que o jogo. Mas o show meeeesmo estava no banco. Holandeses. Muitos holandeses loiros de olhos azuis e de cuecas (na sua maioria laranja).
Não, não é efeito de cerveja, apesar de que eu estava sim em barzinho devidamente ornamentado por tulipas a torto e direito. Mas eles estavam lá de cuequinhas de fora e tiritando de frio (que verão na Alemanha bate gloriosos 11 graus).
Culpa de algum gerente de marketing europeu que deve ter sido obrigado a ir trabalhar com as suas pra fora da calça por pelo menos um mês. O cara quis dar uma de brasileiro-esperto e resolveu, já que a Copa foi patrocinada pela sua concorrente Budweiser, montar uma barraquinha bem em frente do estádio oferecendo calças da Bavaria para os torcedores que quisessem entrar.
Fria. Literalmente. Os torcedores holandeses que ganharam o ornamento foram obrigados pelos organizadores da Copa a se desfazerem dele na entrada (junto com a birita) e assistiram o jogo de cueca. A Fifa diz que ações em massa que mostrem marcas de não-patrocinadores serão frustradas. Invocados os moços, não?

domingo, junho 25, 2006

Felipão é melhor que sua seleção


O jogo de Portugal contra o defeituso carrossel holandês foi nervoso, violento e pobre de bons lances. Em campo.

Porque no banco, a estória foi completamente outra. Nosso irriquieto Felipão protagonizou o melhor espetáculo extra-gramado que se viu até agora na Copa. Foi uma seleção completa de caras, bocas e gestos, com exceção da hora do gol e o final do jogo, que demonstravam toda a "alegria" do treinador com o desempenho de sua equipe em campo. Foi tão expressivo que deve ter feito inveja a todo elenco Global de Malhação.


No próximo jogo, contra o time do país inventor do futebol, a Inglaterra, a torcida é para que a câmera fique mais tempo focando o banco português do que a seleção da terrinha. Nada contra o time, que está indo muito bem, sem dúvida, mas que é muito mais divertido ver o bigode do Felipão quase saltando da boca e agarrando o pescoço de um de seus pupilos, isso é.

quarta-feira, junho 21, 2006

Artilharia pesada

Eu ouvi de uma amiga muito querida ontem que ela "dorme tranquila e acorda com o canto dos passarinhos" (obrigada Marisa, mas eu ainda estou no outro cd.)
Eu tenho certeza absoluta que há artilharia antiaérea posicionada estrategicamente ao redor da minha casa.

domingo, junho 18, 2006

O Pequeno Príncipe agora faz a barba


Levar 16 anos para reencontrar amigos de infância, dependendo de como se observa, pode ser algo tão interessante quanto traumático.

Não se pode negar que ver barbados, casados e dando cria todos aqueles que outrora tomavam pescoções das mães por soltar bombas de São João no banheiro do colégio nada mais é do que a prova final, sem direito a recuperação, de que o tempo passou e o boletim semestral se transformou em uma fatura de cartão de crédito. Mensal.

Superada essa fase inicial, entre um gole e um tira-gosto, as estórias da vida de todos começam a passar sobre a mesa como num filme em tecnicolor. Nomes, lugares, situações, programas de TV, brinquedos, antigas paixões platônicas, professores, dissabores, traquinagens, brigas. Tudo ressurge à mente num rompante nostálgico sem precedentes onde a inocência, ainda apoderada de alguns e sordidamente deturpada por outros, era o lápis condutor.

Mas não é só isso que cativa a atenção. Um olhar mais atento ao redor e sobre os faltantes, devidamente lembrados, desvenda a variedade de tipos que uma mesma escola é capaz de abrigar, ou criar, e que antes, talvez inocentemente, não eram notados.

Desde penteados exóticos para cabelos desconfigurados até estilos meio góticos (ou seria a onda EMO invadindo a terrinha?), passando pelas preferências sexuais dos que, antes, já não gostavam das brincadeiras normalmente atraentes aos meninos. Nada mais normal nos dias de hoje. Viva as diferenças!

E assim como em festa de formatura, não poderia deixar de ser, pois é a ordem natural dos fatores, diriam alguns, fala-se de quem infelizmente ficou pelo caminho, passando ao plano das boas lembranças. Que bom saber que isso não os impede de, de onde estiverem, zelar pelos amigos que ainda cumprem alguma missão terrena.

É... as coisas eram muito menos complicadas naquela época. Azar de quem não aproveitou.

sábado, junho 10, 2006

Pelé, cheio de graça.

Copa do mundo é como aquela musiquinha do plantão do Jornal Nacional: pára tudo e todos diante da telinha.

O maior evento esportivo global é tão poderoso que pode até fazer um brasileiro roxo torcer pela desconhecida, porém guerreira, seleção da Costa do Marfim. Desde que ela esteja enfrentando os hermanos argentinos, claro.
Mas não são só os jogos da seleção canarinho que congelam o país. Ver como Pelé, mesmo depois de tanto tempo longe dos gramados, ainda é capaz de sobreviver em meio ao imaginário futebolístico global sendo venerado pelos geniais dribles decanos é, no mínimo, uma bela massagem no ego verde-e-amarelo.

Nossa Coca-Cola do futebol é tão importante que, neste período de Copa, além de aparecer nas comemorações de abertura, ganhou um presente da cidade de Berlim: o Pelé Station. Uma exposição multimídia que projeta trechos de jogos onde o Rei atuou.

Todo esse "poder" exercido por quem ainda é considerado o melhor jogador de todos os tempos deve dar a Pelé o direito de dizer o que quer que seja sobre a seleção atual, mesmo que seus comentários nem sempre sejam lá muito cordiais e eventualmente pareçam mais uma forma de aproveitar o momento para se divertir um pouco do alto do trono.

Que seja. Vamos nos divertir com ele, então.

segunda-feira, junho 05, 2006

Sou eclético, sim!

Adoro música. Seja pop, rock, disco, eletrônica, clássica, jazz, blues, instrumental, MPB, MPP, carimbó, chorinho e, se dentro do devido contexto, até ópera e reggae. Com três caipirinhas e um Red Bull circulando entre os glóbulos brancos e vermelhos então, Salsa passa a ser meu ritmo predileto. Só não arrisco dançar.

Adoraria ter dinheiro suficiente para alimentar toda essa diversidade sonora na minha estante.

Dentro da eletrônica, prazer que vem desde os tempos de discotecagem amadora, aquela que só se faz no próprio quarto para atormentar os vizinhos, sou capaz de enxergar o que para muitos parece mais o barulho ininterrupto de uma obra de construção civil do que algo feito exclusivamente para dançar: as diferenças entre as várias vertentes da música de bits e bytes - trance, psy trance, hard trance, techno, progressive, house, deep house, eletro, drum'n'bass...

Por conta disso, sinceramente acredito, e grito aos quatro ventos, que sou eclético. Um universo musical tão vasto e rico quanto esse, acho, me dá o direito, com folga.

Alguém mais atento, ou inconformado com minha afirmação, pode dizer que deixei de lado alguns ritmos como o brega e suas vertentes (calypso e tecnobrega), funk, pagode ou axé. De fato. Esses ritmos não fazem parte da minha cadeia alimentar musical. Provavelmente nunca farão. Mas não acredito que isso me faça menos eclético. Seletivo, talvez.

Mas há quem diga que sem gostar de "tudo", não se pode afirmar ecletismo, entretanto, pesquisas recentemente publicadas pelo SIAPO - Sistema de Informações Apoênicas mostraram que 92,3% das pessoas que afirmam "gostar de tudo", na verdade, não conseguem curtir a música, seja o ritmo que for, na sua plenitude. Elas apenas apreciam o som, sem interagir mentalmente, o que cria uma sensação incompleta, mas não percebida, de prazer.

Se a concepção de eclético passa por sensações rasteiras, então, para o delírio dos pagodeiros de plantão, me rendo. Não sou eclético.

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