SamPará

Tati Carvalho, 26, publicitária, expert em perder objetos de pequeno e médio porte dentro do carro. Adora viver em São Paulo, porque há mais bares do que se pode conhecer. Resignada, vai sempre nos mesmos 5. Tem coragem de se jogar de cabeça. Sempre.
Apoena Augusto, 30, administrador, se descobriu pirofágico das estrelas. Vive em Belém e acha que o seu nome é prefixo para todas as coisas entre o céu e a terra. Adora sua moto (que trata como filha) e intervalos comerciais.

segunda-feira, junho 26, 2006

Cocu e Plasil - o embate

Bom, já que estamos falando de Copa, antes de concordar que o Felipão foi mesmo melhor que Portugal e Holanda, ("vê-lo" xingando o técnico holandês de "seu safado" com dedo em riste em bom português não tem preço) preciso confessar que estou aproveitando este mundial como nunca. A exemplo da torcida da Costa do Marfim eu também acho que qualquer motivo é motivo para comemorar. Por isso tenho visto Ucrânia e Suíça, Espanha e Arábia Saudita, Inglaterra e,... bom, com o Beckham em campo não consegui prestar atenção em com quem eles estavam jogando,... (brincadeira, adorei a torcida equatoriana berrando "si, se puede!!". Isso que é auto-motivação, perdeu essa Shinyashiki !) e, lógico, México e Argentina que, segundo me disseram, é dever cívico!
Além disso admito que adoro um bom e velho ufanismo, mesmo que motivado pelo esporte-paixão-nacional. Olha só: as ruas estão cheias de decorações verde-e-amarelas, as pessoas sorriem e conversam com a gente nos bares, meio que pedindo confirmação "golaço, né? Não foi lindo?", as janelas são ornamentadas pelas bandeiras do Brasil e a gente trabalha só meio período (tá bom, esse é em benefício próprio mesmo). Até o menino do farol diversificou seu mix de produtos e agora vende bandeira, corneta, chapéu, faixa,...
O único problema é que a Copa está ficando mais triste. Veja só: todos os times de jogadores com nomes bizarros foram eliminados: o goleiro da Costa Rica, por exemplo, se chamava "Porras" (esse seria perfeito pro Felipão comandar – Porras, joga a bola Porraaaaas!!!), e no campo eles trazem Wanchope (top of mind em bares com telão). O atacante da Costa do Marfim chama- se Drogba (alguém arrisca dizer a orelha de quem estava queimando no vestiário CostaMarfinense pós-derrota?) O zagueiro de Sérvia & Montenegro chama Basta (dizem que ele tenta parar ataque no grito) e a dobradinha da morte da Angola conta com "Loco" e "Love" (saíram do campo direto pra Rave, tenho certeza).
Agora, importante mesmo foi a decisão de Parreira de manter o Ronaldo-que-na-época-reclamava-de-bolhas bem longe de Butina, atacante da Croácia. E veio a classificação.
Que não chegou pra República Tcheca. Mas também, com um jogador chamado Plasil, não tinha mesmo como a Itália ter dor de barriga antes do jogo.
Mas tudo bem, gente, pois quem passasse pelo bar "Copacabana" ontem a tarde, podia me ver torcendo ferozmente por Portugal, afinal apesar da perda inestimável do holandês Cocu (sim, Galvão sempre quis Ter o prazer de dizer que "apertado, apertado, Cocu fez o gol") os portugueses são nossas últimas chances de umas boas risadas, afinal dá pra levar a sério um gol de Costinha? Não dá. Mas ninguém de sã consciência marca tranquilo o "Boa Morte". Troço tétrico, eu hein!

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