SamPará

Tati Carvalho, 26, publicitária, expert em perder objetos de pequeno e médio porte dentro do carro. Adora viver em São Paulo, porque há mais bares do que se pode conhecer. Resignada, vai sempre nos mesmos 5. Tem coragem de se jogar de cabeça. Sempre.
Apoena Augusto, 30, administrador, se descobriu pirofágico das estrelas. Vive em Belém e acha que o seu nome é prefixo para todas as coisas entre o céu e a terra. Adora sua moto (que trata como filha) e intervalos comerciais.

segunda-feira, junho 05, 2006

Sou eclético, sim!

Adoro música. Seja pop, rock, disco, eletrônica, clássica, jazz, blues, instrumental, MPB, MPP, carimbó, chorinho e, se dentro do devido contexto, até ópera e reggae. Com três caipirinhas e um Red Bull circulando entre os glóbulos brancos e vermelhos então, Salsa passa a ser meu ritmo predileto. Só não arrisco dançar.

Adoraria ter dinheiro suficiente para alimentar toda essa diversidade sonora na minha estante.

Dentro da eletrônica, prazer que vem desde os tempos de discotecagem amadora, aquela que só se faz no próprio quarto para atormentar os vizinhos, sou capaz de enxergar o que para muitos parece mais o barulho ininterrupto de uma obra de construção civil do que algo feito exclusivamente para dançar: as diferenças entre as várias vertentes da música de bits e bytes - trance, psy trance, hard trance, techno, progressive, house, deep house, eletro, drum'n'bass...

Por conta disso, sinceramente acredito, e grito aos quatro ventos, que sou eclético. Um universo musical tão vasto e rico quanto esse, acho, me dá o direito, com folga.

Alguém mais atento, ou inconformado com minha afirmação, pode dizer que deixei de lado alguns ritmos como o brega e suas vertentes (calypso e tecnobrega), funk, pagode ou axé. De fato. Esses ritmos não fazem parte da minha cadeia alimentar musical. Provavelmente nunca farão. Mas não acredito que isso me faça menos eclético. Seletivo, talvez.

Mas há quem diga que sem gostar de "tudo", não se pode afirmar ecletismo, entretanto, pesquisas recentemente publicadas pelo SIAPO - Sistema de Informações Apoênicas mostraram que 92,3% das pessoas que afirmam "gostar de tudo", na verdade, não conseguem curtir a música, seja o ritmo que for, na sua plenitude. Elas apenas apreciam o som, sem interagir mentalmente, o que cria uma sensação incompleta, mas não percebida, de prazer.

Se a concepção de eclético passa por sensações rasteiras, então, para o delírio dos pagodeiros de plantão, me rendo. Não sou eclético.

7 Comments:

Blogger ... said...

Bom ver que gostas de música, tal como eu, e gostei basicamente do que li.

10:45 AM  
Blogger Apoena Augusto said...

Obrigado, "Amazing"!
Música é um excelente remédio para os males da alma.
Parabéns pelo seu blog também. Atualizado e "eclético"... :-)

8:40 PM  
Anonymous Anônimo said...

O pior cego é aquele que não quer ver, então... acredite nesse tal SIAPO.

10:32 PM  
Blogger Apoena Augusto said...

O SIAPO é uma instituição idônea e que atua sob os mais rígidos preceitos éticos, portanto, chega algo próximo de um sacrilégio referir-se a ele de forma tão displicente.

6:21 PM  
Anonymous Anônimo said...

Se esse SIAPO -instituição idônea- se referisse sobre suas fontes de forma não tendenciosa eu poderia até, veja bem até dizer que você é eclético em função da palavra ¨vários¨ segundo dicionário, mas por motivo clarevidente seus fundamentos não são convincentes, já que suas fontes seguem a sua linha de raciocínio.
Além do que, não obrigatoriamente deve-se interagir mentalmente para que só assim se tenha a sensação completa, uma vez que o corpo fala por sí. Ou seja, o pazer está dentro de você quer externado pelo corpo ou pela mente, ou ambos.
E mais uma vez.... a luta continua.

10:45 PM  
Blogger Apoena Augusto said...

Parece que esse é um assunto como religião, futebol ou política. Só pode dar em duas coisas: nada ou pancadaria.
Prefiro tomar uma caipirinha...

11:02 PM  
Anonymous Anônimo said...

A questão é.... onde será a proxima palta?

12:39 AM  

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