SamPará

Tati Carvalho, 26, publicitária, expert em perder objetos de pequeno e médio porte dentro do carro. Adora viver em São Paulo, porque há mais bares do que se pode conhecer. Resignada, vai sempre nos mesmos 5. Tem coragem de se jogar de cabeça. Sempre.
Apoena Augusto, 30, administrador, se descobriu pirofágico das estrelas. Vive em Belém e acha que o seu nome é prefixo para todas as coisas entre o céu e a terra. Adora sua moto (que trata como filha) e intervalos comerciais.

sábado, maio 20, 2006

Super-fantástico-amigos

Não saio de casa, salvo para ir ao trabalho, desde segunda-feira (vocês imaginam o humor?)
Segunda foi pânico-PCC, na terça, ressaca.
Quarta, feliz e contente, já estava de bolsinha rosa na mão, quando tive a chave do carro seqüestrada por uma mãe zelosa.
Quinta, namorado birrento resolveu reduzir minha ração de agrados diários e sexta, PCC sob controle, uma horda de vírus enfurecidos resolveram atacar minha determinação de sair da toca.
Assim, após a sucessão de eventos bizarros da semana nem liguei para o fato de que hoje, ao dar uma volta no Ibirapuera, a primeira pessoa que eu encontro é The Flash.
Ele mesmo, de vermelho e asinhas nos pés e nas têmporas e (pasmem) câmera digital em punho.
Após uma semana em prisão domiciliar estava louca pra coversar, assim resolvi puxar um papinho, que foi assim, tim-tim-por-tim-tim (ó, essa rima não foi proposital, prometo):

T - Oi Sêu Flash! O que o senhor veio fazer no Brasil?
F - Ah,.. oi! Eu tô passando férias, vim visitar a família! – disse Flash em bom português
T - Família? Mas com esse nome achei que você não fosse brasileiro.
F - Ta brincando? Nasci logo ali em Itaquera!
T – É,... logo ali (a velocidade anuvia a percepção de distância das pessoas.)
F – Meu nome de verdade é Marivaldo, quando comecei a salvar gente é que adotei esse nome de guerra.
T – Tem a ver com velocidade, né?
F – Er,... não, é que minha mãe se chama Flavia e minha tia Shirlêi
T – Shirley?
F – Não, não fala isso, é Shir-lêi. Mesmo. Ela gosta de dizer que rima com o do meu tio, que eles são almas gêmeas.
T – (ai, medo) e seu tio chama?
F – Sidinêi
T – sei,... mas e seu nome?
F – Então, elas juntaram Flavia e Shirlêi e deu Flá-shi. Aí quando fui parar na Liga da Justiça eles americanizaram. Eu até cheguei a pedir pra fazer bonito de verdade e transformar em FLÁSHISON, mas eles falaram que Flash era mais curto, pra ficar melhor nos reclames.
T – Entendi. E aí você tá aqui de férias, né? Tirando foto e tudo,...
F – É, na verdade é uma missão mega-blaster-hiper-secreta. Estou tentando convencer o pessoal a transferir a sede da Liga pra cá, olha só:
Lá depois do Bush, desgraça com cobertura da mídia acntece só no Iraque, a gente quase passa desapercebido na rua já, se não fosse pelo cuecão ninguém notava, nem tem mais paparazzi correndo atrás, vendo se a gente tá levando alguma super-gatinha pro motel nem nada,...
Aqui com PCC tem mais trabalho e, além do mais, a galera ia se divertir mais morando em São Paulo, fora que, em períodos de paz tem mais chances de descolar uns “bicos”.

Aí eu fiquei pensando e concordo, olha só os bicos dos Superamigos:

Aquaman – em ano de Copa, Aquaman de verde e amarelo podia vira mascote de torcida em dia de jogo. Em dias de folga só precisava passar longe do Pinheiros e o Tietê, senão é capaz de virar mutante e se bandear pro lado dos X-Men

A Mulher maravilha pode fazer uns bicos de perueira quando queimarem de novo os ônibus. Super-homem pode ser cobrador. Com o jato invisível dá até pra dar “um gás” sem pegar multa em plena Radial Leste.

Lanterna verde – Esse tá fácil, vira mascote do Parmeira e leva em frente o “orgulho-porco”

Ajax - desculpem. Esse eu me recuso a arranjar trabalho. É da concorrência.

Até Batman & Robin iam se divertir; a parada gay já contabiliza 2 milhões de pessoas na Paulista, e tem todo ano!

Fui pra casa sorridente, sabendo que o plano do Marivaldo (opa, desculpa, Flash) não tinha como dar errado. Me sentia segura e sabia que eles iam se sentir em casa, afinal, se sentissem falta da localização perto do pântano, tinha sempre a Marginal Tietê. Toda enchente ia ser uma festa.

3 Comments:

Blogger Apoena Augusto said...

Gostaria de informar que essa pessoa que se fez passar por "Flash" no Ibirapuera não é nada além de uma farsa...

9:08 PM  
Anonymous Anônimo said...

hahahahahahahahhaha... Muita criatividade!!! Muito bom esse texto!!!

Mas, Tati, até q ponto essa história é verdade? Pq numa cidade como São Paulo eu não divido que exista alguém capaz de andar na rua vestido de The Flash...

2:38 PM  
Blogger Tati Carvalho said...

verdade, prometo. se contribuir para a fantasia, insisto que ele anda por aí,... e gatinho, é bom você chegar junto, porque há concorrentes seus (quer dizer, do Flash) em SP!

4:13 PM  

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