SamPará

Tati Carvalho, 26, publicitária, expert em perder objetos de pequeno e médio porte dentro do carro. Adora viver em São Paulo, porque há mais bares do que se pode conhecer. Resignada, vai sempre nos mesmos 5. Tem coragem de se jogar de cabeça. Sempre.
Apoena Augusto, 30, administrador, se descobriu pirofágico das estrelas. Vive em Belém e acha que o seu nome é prefixo para todas as coisas entre o céu e a terra. Adora sua moto (que trata como filha) e intervalos comerciais.

domingo, junho 18, 2006

O Pequeno Príncipe agora faz a barba


Levar 16 anos para reencontrar amigos de infância, dependendo de como se observa, pode ser algo tão interessante quanto traumático.

Não se pode negar que ver barbados, casados e dando cria todos aqueles que outrora tomavam pescoções das mães por soltar bombas de São João no banheiro do colégio nada mais é do que a prova final, sem direito a recuperação, de que o tempo passou e o boletim semestral se transformou em uma fatura de cartão de crédito. Mensal.

Superada essa fase inicial, entre um gole e um tira-gosto, as estórias da vida de todos começam a passar sobre a mesa como num filme em tecnicolor. Nomes, lugares, situações, programas de TV, brinquedos, antigas paixões platônicas, professores, dissabores, traquinagens, brigas. Tudo ressurge à mente num rompante nostálgico sem precedentes onde a inocência, ainda apoderada de alguns e sordidamente deturpada por outros, era o lápis condutor.

Mas não é só isso que cativa a atenção. Um olhar mais atento ao redor e sobre os faltantes, devidamente lembrados, desvenda a variedade de tipos que uma mesma escola é capaz de abrigar, ou criar, e que antes, talvez inocentemente, não eram notados.

Desde penteados exóticos para cabelos desconfigurados até estilos meio góticos (ou seria a onda EMO invadindo a terrinha?), passando pelas preferências sexuais dos que, antes, já não gostavam das brincadeiras normalmente atraentes aos meninos. Nada mais normal nos dias de hoje. Viva as diferenças!

E assim como em festa de formatura, não poderia deixar de ser, pois é a ordem natural dos fatores, diriam alguns, fala-se de quem infelizmente ficou pelo caminho, passando ao plano das boas lembranças. Que bom saber que isso não os impede de, de onde estiverem, zelar pelos amigos que ainda cumprem alguma missão terrena.

É... as coisas eram muito menos complicadas naquela época. Azar de quem não aproveitou.

6 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Escrever bem não é para qualquer um... Tueu post tá perfeito!!
Saudades de uma época livre de preocupações, onde eu achava q estudar pra provas era o maior pecado capital...
Hj sei que era feliz e não sabia!!! hahahahahah

Abraços!

8:13 PM  
Anonymous Anônimo said...

É... que texto legal...
Já estpu aqui a imaginar como seria reencontrar meu povo...

10:37 PM  
Blogger Apoena Augusto said...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

9:15 PM  
Blogger Apoena Augusto said...

Como observador do cotidiano, tenho dedicado alguns bons momentos a observar o rumo que meus amigos e amigas vêm dando a própria vida. E a cada um, vejo o quanto o ser humano pode ser sublime, ou absolutamente medíocre. Só depende de cada um. Que bom!

9:16 PM  
Anonymous Anônimo said...

É... saber viver as diferenças, observar os vários caminhos e analisar as diversas escolhar, é sem dúvida a arte da vida que você faz muito bem!

10:16 PM  
Blogger Apoena Augusto said...

Acho que vou escrever mais sobre amigos de infância... :-)
Obrigado a todos!

6:58 PM  

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