SamPará

Tati Carvalho, 26, publicitária, expert em perder objetos de pequeno e médio porte dentro do carro. Adora viver em São Paulo, porque há mais bares do que se pode conhecer. Resignada, vai sempre nos mesmos 5. Tem coragem de se jogar de cabeça. Sempre.
Apoena Augusto, 30, administrador, se descobriu pirofágico das estrelas. Vive em Belém e acha que o seu nome é prefixo para todas as coisas entre o céu e a terra. Adora sua moto (que trata como filha) e intervalos comerciais.

terça-feira, outubro 23, 2007

O mundo da pantera


Foi um susto.
Palpitação, suor frio, tremedeira. O espelho reflete uma imagem que hora chocante, hora encantadora, certamente seria considerada por qualquer um, para dizer o mínimo, inconcebível.

Só pode ser loucura. Esfregar os olhos de nada adianta. Beliscões causam hematomas verdadeiros. A possibilidade de sonho é completamente descartada.

O despertador toca insistente mas o estado é de total inanição, ainda embasbacado e tenso pelo que poderia ter havido durante uma noite de sono mais do que comum. Não, alienígenas não fariam isso. Uma abdução, talvez. Quem sabe até uma invasão ou alguns testes para procriação, por que não?

Dupla personalidade? Bem, nunca se sabe. É uma possibilidade. Talvez seja uma boa idéia procurar um médico o quanto antes. Pode ser perigoso. Ou pior! E se for contagioso? Caramba! Acho que só resta a quarentena.

A janela! Isso mesmo! A janela! Uma olhadinha para o céu, um pouco de ar fresco... só podem fazer bem e... aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! Está tudo como aqui dentro! Está tudo... rosa!

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Que sensação gostosa...

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