SamPará

Tati Carvalho, 26, publicitária, expert em perder objetos de pequeno e médio porte dentro do carro. Adora viver em São Paulo, porque há mais bares do que se pode conhecer. Resignada, vai sempre nos mesmos 5. Tem coragem de se jogar de cabeça. Sempre.
Apoena Augusto, 30, administrador, se descobriu pirofágico das estrelas. Vive em Belém e acha que o seu nome é prefixo para todas as coisas entre o céu e a terra. Adora sua moto (que trata como filha) e intervalos comerciais.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Distorted

Sem demagogia. Eu me sinto orgulhosa de trabalhar numa companhia que tem como missão melhorar a qualidade de vida e a auto-estima das pessoas.

Sem mais.

quarta-feira, outubro 04, 2006

vocês sabiam?

Que a Evita morreu de leucemia?
Pois é,.... embarco para Buenos Aires amanhã (não,... sério!) e o cemitério da Recoleta já está no roteiro.
Dizem que deixar uma flor no mausoléu da querida ditadora traz paz inigualável...

terça-feira, outubro 03, 2006

É bom assim!!!

Eu não estava católica. Tive que voltar mais cedo do Rio e estava de mal humor. Meu vôo ficou 1 hora parado na pista, antes de decolar. Demorei 45 minutos para pegar a bagagem na chegada. Tive que disputar táxi a tapa com 2 velhinhas e uma família de 5 crianças gritentas.O taxista tentou desviar o caminho. O porteiro sumiu e não me abriu o portão. Minha mãe fumava enfurecida com meu atraso. Não conseguimos lugar para estacionar. A fila para entrar era enorme. Nosso lugar era láááá atrás.
Mesmo assim, o Cirque du Soleil é maravilhoso, inspirador, fantástico, imperdível. E eu faria tudo de novo

Feijoada no copo

Sindicato do Chopp. Leme. Rio de Janeiro. Último feriado.

- Você querem mais alguma coisa da chapa? Vamos fechar daqui a pouco...
- E aquela história de ficar aberto até o último cliente ir embora?
- Mas vocês são os últimos clientes.

Éramos mesmo a única mesa habitada do bar. Os tocadores de pagode tinham ido embora. Os recém-saídos da praia tinham ido embora. Até os curiosos que se aproximaram quando notaram na mesa a garota da última capa da Playboy; até eles já tinham pedido seus autógrafos e ido embora.
Os garçons em volta da mesa (também já com seus autógrafos em mãos) faziam um paredão miserável ao redor da mesa, falando sobre como era demorada a volta para a casa. Uma tentativa clara e sacana, de tentar convencer-nos a ir embora.
Gravata borboleta 1 dizia: "Ir pra Ramos agora? Só se esperar o primeiro ônibus as 5..." (eu adoraria ensiná-lo a chamar de busão, bumba para os íntimos. E dizer que, deitando o cabelo, Ramos era 2 palito! Mas eu era paulista e era minoria, resolvi calar a boca.)
Gravata 2 respondia "Isso não é nada, tenho que ir pra Queimados. Duas conduções e uma van."

- Pô, não dá pra ficar à vontade com os garçons secando a gente. Pelo menos descruza os braços, simpatia!
-Calma, Fê!
- Como calma, Ta? Os caras botaram as cadeiras de perna pro ar.
- Ta bom! Então faz seu último pedido antes que eles cuspam no nosso chopp.
- Então, tá. Caldinho de feijão.
- Mas você quer comer caldinho de feijão agora, Fe?
- Quero, está é a hora ideal pro caldinho. Meu estômago já está de porre, nem vai sentir o crime!
- Putz! Então pede....
- Gravata! Desce dois caldi....
- Não, senhor excelentíssimo grava, um só ta bom!
- Ta, num decepciona. Acompanha aí, vai? Gravata, dois caldinhos caprichados!

Momentos depois Gravata 2 volta com o que pareciam ser 2 copos de cerveja de boteco cheios de caldinhos de feijão-com-o-que restava-da-chapa

- Fé,... acho que meu caldinho mexeu!
- Hein?
- Aqui no fundo, ó. Debaixo da areia da praia do fundo do copo. Acho que tem um treco vivo aqui.
- Ta, Isso aí é queijo, e não tem nada mexendo, é só o torresmo se ajeitando no copo!
- Torresmo? Mas você pediu feijão, o que o porco tá fazendo aí dentro?
- Caldinho de feijão carioca tem torresmo, salsinha, queijo, bacon.
- Pãtz, mas você disse que era cal-dinhode-fe-jão! Da próxima vez avisa que é feijoada no copo que eu embebedo mais o MEU estômago antes de encarar, né?

E eles ficaram algum tempo pra acabar com a última iguaria da noite. Precisa dizer que, depois de ajudarem Gravata 1 e 2 com o fechamento das portas, ninguém tinha a mais parca chance de pregar o olho?

segunda-feira, outubro 02, 2006

Chapeuzinho do sofá

Sábado cedo eu fui pra Rio Claro. Tão cedo que, quando comecei a acordar, já estava na parte do estado que cor é verrrde, umbral é porrrta e bicho é porrrco.
Na volta eu trouxe a vó. A minha. Minha vó é politizada, a favor de muitos namoros, manda e-mail, faz faculdade, canta num coral, mas ela tem a essência das vós.
Do alto dos seus 75 anos (muito bem vividos) vovó dá abraços como ninguém, faz minhas comidas favoritas, tem cabelos branquinhos e faz tricô (segundo ela, só peças pequenas, porque ela não tem mais saco para malhas). E está fazendo um cachecol pra mim.
Assim, o fato de eu ter trazido vovó pra morar com a gente, o que é só minha parte no acordo da família (que, é bom dizer, nos piores momentos fica unida sim) podia ser só alegria se meus aposentos não tivessem sido construídos só pra mim.
Eu explico: no ano passado comprei minha cama de casal: alta, macia, grande, convidativa mesmo, é difícil levantar de manhã.Assim a bicama de minha adolescência, ou mesmo o espaço no chão para qualquer colchão adicional,foram sumariamente eliminados.
E então, quando vovó veio morar na minha cama eu tive que me mudar para o sofá da sala.Sim, agora eu sou uma moradora dum sofá em Moema. O problema é que o sofá é perneta. Tem apenas três pernas, porque a debaixo, do lado esquerdo, quebrou. Então durmo em declive. E todas as noites sonho que estou sendo levada pela enxurrada. Acordo sempre quando estou prestes a ser engolida pelas bocas de lobo da cidade.

domingo, outubro 01, 2006

Let's Juci's?

Juci's, pela própria questão fonética, e não fosse o famigerado apóstrofo seguido de "s" (mania brazuca de copiar os irmãos americanos do Norte), poderia ser o nome de batismo de uma casa de sucos moderninha de bairro bacana.

Também não espantaria se as cinco letras representassem o nome, ou apelido, de alguma canditada a deputada cujo slogan poderia facilmente ser "Com Juci's na Câmara, a política sai da lama!". Por sinal, muito atual em tempos de eleições.

Juci's poderia ainda dar nome a alguma fruta exótica dos confins amazônicos. Quem se recusaria a tomar um "suco de Juci's"?

Seria insuperável se Juci's fosse o apelido carinhoso que a turma do colégio deu àquela coleguinha cujo nome beira o impronunciável: Jucislaine.

Juci's poderia ser tudo isso mas, antes que alguém arrisque um palpite maldoso, me adianto em dizer que é o nome de uma modesta casa de recepções na graciosa Cidade Velha.

E de que sobrevide uma casa de recepções? Nenhuma resposta seria tão óbvia quanto "recepções", oras. Mas não com Juci's. Juci's é diferente de todas as casas de recepções mundo afora.

Desde quando, no início do ano, por se prostar em plena rota das baladas noturnas, Juci's foi notada por este blogueiro, teve início uma incansável contagem de quantas recepções Juci's foi palco.

Pois lá se vão 10 meses e Juci's, com sua discretíssima placa em estilo colonial na fachada, contabiliza nada menos que duas, sim, duas recepções. Mas Juci's não desiste. Se mantém impávido colosso.

Um dia, quem sabe, Juci's vira notícia em algum blog e experimenta a fama. Andy Wahol, como se sabe, continua provando que estava certo ao preconizar os 15 minutos de fama para todos. Sorte da Juci's.

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