SamPará

Tati Carvalho, 26, publicitária, expert em perder objetos de pequeno e médio porte dentro do carro. Adora viver em São Paulo, porque há mais bares do que se pode conhecer. Resignada, vai sempre nos mesmos 5. Tem coragem de se jogar de cabeça. Sempre.
Apoena Augusto, 30, administrador, se descobriu pirofágico das estrelas. Vive em Belém e acha que o seu nome é prefixo para todas as coisas entre o céu e a terra. Adora sua moto (que trata como filha) e intervalos comerciais.

quinta-feira, julho 12, 2007

Saraiva, eu?


Deve ser a idade.

Não que eu me considere velho, afinal, hoje em dia, quem pode dizer isso de si mesmo tendo completado apenas 30 primaveras, como dizem os colunistas sociais das antigas? Nem as mulheres, que trintonas, são logo rotuladas pejorativamente, e erroneamente, de balzaquianas. Como se ao atingir 3.0 o motor já ficasse em estado de ganhar a primeira retífica. Pura bobagem. Mas isso são outros 30.

A questão é que meu nível de tolerância com a ausência neural alheia tem se esvaído na mesma proporção em que a idade aumenta.

Com isso, o que antes não passava de uma simples pergunta com, no máximo, uma incômoda resposta óbvia se tornou motivo de uma infindável contagem até 100 (às vezes mais) e um sorriso amarelo de canto de boca. Tudo para não ganhar o singelo apelido de Saraiva, personagem do falecido Francisco Milani no mais do que insuportável Zorra Total.

- Olá, Apoena! Vai dar uma volta de bike?
- Não. É que costumo treinar as acrobacias que faço no globo da morte dentro do elevador. E você está atrapalhando. Poderia sair, por favor?

Essa seria a resposta perfeita para quem me vê ao lado da minha bicicleta, dentro do elevador, indo para a academia de ginástica e, por pura falta de assunto (ou noção), solta a pérola.

- Boa tarde! Por favor, me veja essa carne de sol com uma porção de arroz com jambú, farofa de ovo e batata assada com manteiga de ervas.
- O senhor pode escolher no nosso cardápio entre na chapa e grelhado. Como o senhor prefere a carne?
- Prefiro grelhada.
- Desculpe senhor, mas a carne de sol só pode ser servida na chapa. Tudo bem?
- Ok. Então já que a carne é de sol, você traz a posta até aqui que a gente põe uma mesa lá fora e espera até ela assar debaixo desse baita Sol de meio-dia. Tudo bem?

Ah, como eu adoraria ter dito isso. Mas um chute na canela me fez engolir todo ar que já havia puxado para dar essa resposta.

E assim segue o exercício de tentar se manter calmo diante da, digamos, preguiça intelectual alheia.

sexta-feira, julho 06, 2007

o amor é um bichinho,....

Eu nunca consegui descobrir se o amor era um bichinho que rói, rói, rói ou o que era que dói, dói, dói, mas sempre adorei a idéia de o amor ser um bichinho. Faz sentido: ele aparece de repente, merece cuidados frequentes (e meu dark side diria que a gente sempre pode esmagar quando tiver enchendo o saco, mas dentro do meu tratamento "Tati meiga para 2008: no caminho para a iluminação" direi apenas que se ele latisse, enxotá-lo-íamos)
O negócio é que o amor deixa a gente leve e toda pimpona, mas tem seus percalços.

Procurando entendê-lo melhor, achei naqueles sites de frases célebres a seguinte interpretação:

“Eu acho que precisa ser atingido por uma flecha, mas o resto não é para ser tão doloroso”
perguntaram pra Manuel (que tem 8 anos) como as pessoas se apaixonam e ele mandou ver. Achei o diagnóstico preciso, salvo a flecha.será que Manu, daqui há 20 anos, sairá por aí de colete a prova de flechas?

Apesar de ter adorado o texto de Manu, gostei mais deste aqui.


“O amor é um bichinho, que rói rói rói/ Rói o coração da gente, que dói dói dói”.Carmem Silva

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