SamPará

Tati Carvalho, 26, publicitária, expert em perder objetos de pequeno e médio porte dentro do carro. Adora viver em São Paulo, porque há mais bares do que se pode conhecer. Resignada, vai sempre nos mesmos 5. Tem coragem de se jogar de cabeça. Sempre.
Apoena Augusto, 30, administrador, se descobriu pirofágico das estrelas. Vive em Belém e acha que o seu nome é prefixo para todas as coisas entre o céu e a terra. Adora sua moto (que trata como filha) e intervalos comerciais.

domingo, setembro 17, 2006

Two-heads-Kenny

- Catita - Zezinho, me empresta seu boné?
- Huguinho – Você quer mesmo o boné de presente, né?
- Catita – eu quero mesmo é não molhar o cabelo. Conheço essa chuva fininha que embrenha na alma da gente e a alma do meu cabelo pertence a uma negona. Toda ruim.
- Zezinho – Chegaí....
Zezinho não emprestou o boné. Preferiu dividir seu capuz.(Pra deixar claro. Um capuz e duas cabeças). Sim, foi a primeira vez que isso lhe acontecia.
- Zezinho – você nunca mais vai achar um cavalheiro assim
Pois é,... Catita adora seu cavaleiro encapuzado apesar de pensar que nunca mais vai é achar alguém com um moletom de capuz tão grande,....
Vale dizer que nas últimas cenas do mesmo capítulo Catita havia sido rodopiada, encarado o karaokê dos seres-mais-desafinados-do-mundo, tomado cerveja quente, visto gente feia, mais gente feia, um clã de motoboys, rido muito, muito mesmo. Saiu de alma feliz. Boas companhias são tudo.

Metrô Santa-cruz-barra

Um amigo me disse que desistiu de buscar luzes no final dos túneis (por que afinal, só encontramos, ao final, uma placa da prefeitura dizendo que o metrô chegará até a Barra... um dia...)
I second the motion, apesar de achar a viagem muito engraçada, principalmente quando o túnel muda de direção sem aviso prévio.

domingo, setembro 10, 2006

Bípede-palmípede?

Sabe aquele amigo de pele negra que você costumava chamar de "Kichute" no colégio? E aquela menina que, por conta da estatura desavantajada, recebeu a alcunha de "sabonete de motel"? Pois é, eles podem estar à espreita só esperando para se vingar da sua falta de senso do "politicamente correto".

É compreensível, afinal, depois de assistir tantas atrocidades cometidas mundo afora por conta de preconceitos sociais, raciais, religiosos, étnicos e até, pasmem, futebolísticos, alguma coisa deveria ser feita para conter o ímpeto nazista dessa gente sem noção.

Eis que nessa nova onda, o amigo que antes era "negão", passou a ser "afro-brasileiro". A "pintora de rodapé", virou "verticalmente prejudicada" e os vesgos agora são possuidores de "idiossincrasia ótica". Esses dois últimos, contribuições de Luis Fernando Veríssimo.

A questão é que nem todo mundo usa esses termos, que são classificados como preconceituosos, com a intenção de efetivamente ofender. Não chega a ser um risco tão grande afirmar que os maldosos, apesar de incômodos e barulhentos, são minoria. Infeliz, diga-se.

Há, inclusive, quem use os adjetivos em benefício próprio como referência profissional. Quem não conheçe a borracharia do Negão ou o Baixinho da Kaiser? O que seria de Romário sem o termo diminutivo antes do nome? É o típico exemplo de quem se valeu da situação física para ficar mais conhecido. E deu certo.

Além disso, como ficam as referências de infância? Como passará a se chamar aquele amigo que andava com os pés abertos e, por conta disso, ganhou o apelido de "pato"? Ovíparo-bípede-palmípede? Convenhamos, nem de longe tem a mesma graça...

segunda-feira, setembro 04, 2006

Frango com farofa gelatto

A busca por novas diferenciações de produto nos levou a um passo de Harry Potter com suas balinhas de caramelo, arroz carreteiro e cera de ouvido.
Por outro lado, a tendência dos picolés no mínimo bizarra que assolou Roma já é uma oportunidade e tanto para o mercado farofeiro do nosso litoral (seja Guarujá ou Copacabana). Afinal quem vai precisar se engajar com isopores, garrafas térmicas e outros utensílios indispensáveis ao mundo farofeiro se pode simplesmente parar o carrinho mais próximo e mandar um: “me dá um picolé de frango assado, por favor?”. Refrescante e nutritivo ao mesmo tempo, o máximo no mercado dois em um.

domingo, setembro 03, 2006

Criança é...

Criança é catarrenta.
Criança é barulhenta.
Criança é pestilenta.

Criança é bagunceira.
Criança é choradeira.
Criança é faceira.

Criança tem vozinha.
Criança só come papinha.
Criança tira qualquer um da linha.

Criança só diz a verdade.
Criança também faz maldade.
Criança deixa a casa uma calamidade.

Criança é tudo isso, mas quando olha pra gente com carinho, não há quem resista. Ao menos até fazer cocô na fralda. Mas aí, felizmente, é só devolver aos pais...

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