Às 06h espantarei tua alma
Adoro música eletrônica e já cheguei a comentar isso aqui. Adoro também as festas de música eletrônica. Seja aquela feita por amigos numa casa caindo aos pedaços ou um megaevento como o Skol beats com 200.000 pessoas dançando alucinadamente ao som de um bom "tuntistum".
A questão é que, assim como a famigerada (e felizmente extinta) zebra do Fantástico, amanhecer numa festa dessas pode ser mais aterrorizante que pipoqueiro banguela ou roda gigante quebrada, principalmente se o seu estado de consciência estiver absolutamente inabalado.
É só imaginar. Você dança (ou pula, vá lá...) a noite inteira para relaxar a cuca e esquecer todas as mazelas da vida: guerra no Líbano, reeleição de Bush, sanguessugas, tsunami em Salinas ou o mero estrago causado por um vatapá de anteontem e, de repente, o Sol resolve dar o recado de que, em poucos minutos, você será capaz de ver a diversidade da fauna ao seu redor. Você, como crente na eterna habilidade humana de renovação, resolve pagar (ou pular) para ver.
Pontualmente às 06h, vem a descoberta que a carruagem, sim, vira abóbora e todos os seres ao seu redor parecem saídos de um filme do Zé do Caixão na sua melhor (ou pior, é apenas uma questão de gosto) fase. Se o videoclip de Thriller, do papa-anjo Michael Jackson, tivesse um remake, o set já estaria prontinho da Silva.
Como diriam os Teletubbies, "hora de dizer tchau!". E esperar outra chance de conferir que, depois de uma noite inteira de pula-pula, não há sombra, rímel, perfume ou desodorante que resista, mesmo que seja o do comercial do Ronaldinho.
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